Primeiro dia

Pois que no primeiro post falava eu de contar as nossas aventuras - e não é que a primeira semana nos brindou com algumas?

O primeiro dia "a sério" começou com uma visita "especial". 7 da manha, ainda mal nos tínhamos levantado, batem a porta do quarto no hotel. O Michael abre, troca algumas palavras com as "visitas" e volta para o quarto para vestir as calças de ganga dizendo que estavam 2 polícias a porta. ?Say what?
Mais uma troca de palavras com as "visitas" e ficamos a saber que há por aqui um outro Michael Sher que anda a fazer asneiras e a fugir da policia. O Michael mostrou o cartão de cidadão, verificaram que a data de nascimento não coincidia com a do Michael Sher que queriam e foram embora.
Mas foi uma experiência um bocadinho assustadora, especialmente para o Micha.

Fast forward para as 10:45 da manhã:
Depois de uma conversa, algo conturbada e multilingue, com a responsável pelo aparthotel onde estamos, recebemos as chaves para o apartamento e o Micha foi para o seu primeiro dia de trabalho.
Meia hora depois de estar no apartamento começo a reparar num barulho que parecia de agua a cair...Examinei a casa de banho, pensando que podia haver algum problema, mas o barulho não vinha de lá. Aproximo-me da entrada do apartamento e eis que noto agua no chão, e a base de um dos nossos sacos, onde tínhamos o calçado, toda molhada.

Ai ai ai ai ai....

Olho para o teto:

Humidade, muita humidade, e o que parecia ser água a escorrer das paredes...
Mudei as malas e sacos para outro ponto do apartamento e fiquei a observar a cena. Em menos de 10 min. havia já uma pequena poça de água no chão. Tentei encontrar alguém responsável pelos apartamentos no prédio mas disseram-me que a 2a feira estavam fechados. Vou novamente para o apartamento e começo a hiperventilar - a água já estava quase na porta.
Entretanto aviso o Michael, que telefona para o contacto que tínhamos e me diz que vão mandar alguém para ver o que se passa.

12:10: chega um senhor que não fala inglês e fica a olhar para a cena como um burro para um palácio. Entra e sai, volta a entrar e a sair, e regressa com um balde e uns quantos panos, que atira para o chão para absorver a água, que nessa altura estava já no corredor de acesso a outros apartamentos.
A hora seguinte foi passada de rabo no ar a tentar absorver a água com os panos.

Pelo meio lá consegui explicar, meio em alemão meio em inglês e linguagem gestual, que era portuguesa e que tínhamos acabado de fazer check-in.
Entretanto, e depois de verificarmos que havia 2 ou 3 pontos na parede de onde a água escorria continuamente, o senhor "abandona o barco" e deixa-me com os panos na mão.

Fast forward para a 1:30.
Volta o senhor, trazendo consigo outro senhor que me explica, em inglês, que o problema estava no chuveiro do apartamento de cima. Iam ter que remover o chão, encontrar o cano com a fuga e bla bla bla...

Fast forward para as 15:45.
A responsável chega para me mostrar outro apartamento, porque obviamente não podíamos ficar naquele, e pouco depois estava a mudar as nossas coisas para o apartamento onde estamos agora, a que chamamos de cubículo, porque não tem mais de 20 m2.

E estas foram as nossas boas vindas a Ulm!